Reciclagem de lixo eletrônico, mitos e verdades

Quantos smartphones você tem na sua gaveta? E qual foi exatamente o destino de seu último notebook ou smartphone? Qual afinal é seu critério para escolher um “novo” smartphone ou tablet? Fico sempre impressionado com a fila quilométrica em frente a loja da Apple quando do lançamento de um novo iPhone. “Eu quero o dourado, ele não é lindo?”, diz a garota que ficou 3 dias e noites aguardando o novo iPhone chegar.

Fato é que a indústria eletrônica vem analisando nosso comportamento e desvendando nossa psique faz décadas. O resultado são campanhas publicitárias que miram nosso coração, as quais despertam nosso desejo de compra e de consumo. Isto chegou a tal ponto que alterou nosso critério de escolha quando o assunto são dispositivos de comunicação digital: Passamos do racional / funcional para o emocional / estético. Certo perdeste o senso, como diria o poeta. Hoje escolhemos um smartphone como se fosse uma roupa de festa ou um relógio fashion.

Ideal a indústria de eletroeletrônicos que habilmente usa da obsolescência induzida e de técnicas sociais para ganhar mercado, fosse também responsável por reciclar todos seus equipamentos. Reciclar deveria ser política obrigatória de toda indústria eletrônica. Deveria ser lei internacional. Inclusive deveriam aceitar o “velho dispositivo“ como parte do pagamento do novo. Assim, certamente lugares como Agbogbloshie não existiriam e nós poderíamos viver sem parte da responsabilidade de estarmos destruindo o planeta.
NOTAS
Agbogbloshie é um subúrbio da cidade de Acra, em Gana na África. O local é conhecido por ser o destino de resíduos eletrônicos (e-lixo) legais e ilegais.
Wikipedia – http://en.wikipedia.org/wiki/Agbogbloshie

Dispositivos de comunicação digital – Neste post é um coletivo para: smartphones, notebooks, PCs e tablets.
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Ricardo Murer

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